Se voltarmos no passado, a colina de Montmartre foi um local de culto para os druidas gauleses e os Romanos da Antiguidade, com templos voltados a Mércurio e Marte. Em seguida, tornou-se um local de culto cristão, como demonstra a reconstrução, no século XII, da Igreja Saint-Pierre, a mais antiga de Paris, sob as ordens do rei Luís VI e sua esposa Adelaide de Savoie. No que se refere à basílica, ela foi erigida no fim de século XIX. Foram necessários 44 anos entre a primeira pedra colocada e o dia da consagração da basílica construída (1875-1919).
A visita do Sacré Cœur em Paris se tornou imperdível, e com razão: do átrio da igreja é possível contemplar a cidade inteira. Mas não se trata de um museu: ela permanece até hoje um espaço de oração. Aliás, seu nome, Basílica, indica que ela é um local de peregrinação.
O Sacré Cœur mede 85 metros de altura e 35 de comprimento, sua cúpula mede 55 metros de altura e 16 de diâmetro.
Em estilo romano-bizantino, a basílica é composta pelo mosaico do coro (famoso por ser um dos maiores do mundo com 475 m2) que representa Cristo ressuscitado, vestido de branco e com um coração de ouro sobre o peito. Há também um grande órgão (considerado como um dos mais notáveis de Paris), o “”savoyarde”” (maior sino da França, com 84 metros de altura), a cripta e o domo, com 300 degraus sem elevador! Mas do alto desses 200 metros você pode deslumbrar uma paisagem que se estende por um raio de 50 quilômetros, ou seja, é o ponto mais elevado de Paris depois da Torre Eiffel!
Você adivinhou por que ela recebeu o nome de Sacré Cœur (Sagrado Coração)?
A basílica foi construída no contexto da guerra entre a França e a Alemanha de 1870. A explicação para a sua construção é espiritual e fruto de uma vontade nacional de construir uma igreja consagrada ao Coração de Cristo, em forma de penitência para os infiéis e os pecados humanos cometidos. Nesta época, para a Igreja, as desventuras da França têm mais origem nas causas espirituais do que nas políticas.
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